sábado, 27 de novembro de 2010

Começo, meio ou fim?

Estamos nós aqui de novo em mais um final de ano... Um ano mais velhos; com mais um tanto de boas experiências e perrengues na bagagem; ao término de mais um ano letivo e, pra muitos de nós dê agás, ao fim de um ciclo, o do Ensino Básico.
E não se trata apenas uma formalidade escolar, é, antes de tudo, parte de um rito de passagem, muitos estão ingressando plenamente no mundo dos adultos. E agora: saudades do que passou? Medo do porvir? Ansiedade? Insegurança? Esperança? Tudo isso misturado? Ai, ai...
Influenciados pela despedida do terceirão, decidimos abrir espaço por aqui para aqueles que, por ventura, queiram expressar suas sensações, sentimentos ou um balanço desse ciclo: o que foi muito bom, o que foi insuportável, o que poderia ter sido melhor, o saldo disso tudo... Sabemos que o tema é mais urgente para os formandos 2010, mas qualquer humano de plantão será lido com interesse. Gostaríamos de acompanhar um papo franco (debate, talvez); claro que respeitando os limites de nossas individualidades. Boas recordações, congratulações, manifestações de amizade e carinho serão tão bem vindas quantos críticas respeitosas e bem construídas.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

O que faz você feliz?

Olá Bonitões, olá bonitonas!
Tô chegando por aqui só agora, meio atrasado, né? Mas vamos agitar um pouco o nosso Demasiado Humanas, vulgo dê agá.
A partir de uma sugestão da Bianquinha, trago de saída, um tema essencialmente caro a nós humanos: felicidade!

Tema inesgotável e inquietante, explorado desde os nossos primeiros antepassados pensantes. Nos divãs dos psicanalistas, nos colóquios filosóficos, nas mesas de botequim, nas peças publicitárias, junto ao nosso fiel travesseiro... volta e meia vem a danada... aquela pergunta que não quer calar: Afinal, o que é felicidade? Ou suas variantes: onde encontro minha felicidade? Sou um cara feliz? Existe felicidade definitiva? E por ai vai...
Ou para você a felicidade é algo óbvio e universal e tais indagações são vãs? Gostaria de ouvi-los um pouco sobre isso. Que tal expor suas impressões, suas convicções, suas inquietações? Depois eu volto pra jogar um pouco mais de tempero no debate.
Bem, sem mais delongas: O que faz você feliz?

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Ainda a Barca

Puxa! Li novamente os comentários do último post e pelo visto fez sucesso a proposta de mandar uma galera para os infernos, hein! Até se empolgaram um pouco (e lembrem-se de que eu acho absurdo alguém se empolgar com arte e política)!
Gostei da ideia do dono de ONG, imaginei o vocabulário da criança hi-tech e até gastei um tempo imaginando o diálogo de Marx com o Anjo...

Entra Marx carregando os quatro volumes de O Capital

Marx:
Eu pensei ter desvendado
toda a nossa humana história
ao ter me pronunciado
sobre o tal embate eterno
entre a classe que usa terno
e a outra de mãos calosas.
Mas vejo que me enganei,
pois hoje, aqui no Além,
vejo a barca do cornudo
e a asa do santo anjo
a provar que em meu estudo
e em meu saber, que amo tanto,
houve gravíssimo  engano:
o Deus que a tudo governa
neguei, julguei inventado.
Assumo que estava errado!
Vou-me ao batel do inferno!

Anjo:
Não vás assim tão depressa,
pois tua sede de justiça
e o zelo pelos pequenos
fazem de ti passageiro
não da barca da carniça
mas desta que ao céu se passa!
O erro que cometeste,
quando de ópio me alcunhaste,
era em verdade o desejo
de ver o humano liberto
desse cabresto sobejo
que é  religião de interesse,
em que o templo dos espertos
só vive de contar dízimo
e enganar bondosa messe.
Vem, Marx, entra aqui comigo!
Vem conhecer o teu Pai.
Foi Ele quem inventou
tudo o que tu descobriste!
Foi Ele quem te inspirou
muito do que escreveste!
Pois queria Ele contigo
alertar o povo amigo
do mandamento primaz
de amarmo-nos como iguais!
***

Enfim, os textos de vocês me fizeram pensar! Obrigado!
O único defeito que percebi nos comentários creio que tenha sido motivado por mim...
 Explico-me: hoje li um texto na CartaCapital sobre a vida de Romeu Tuma. Lá não estava o torturador sanguinário; mas, sim, uma espécie de Schindler tupiniquim... exagero da revista ou não, trata-se de uma face pouco conhecida do político brasileiro. Isso me fez perceber que, ao colocarmos pessoas reais na Barca do Inferno, talvez tenhamos realizado um julgamento imperfeito, pois não temos total conhecimento da matéria e não garantimos o direito de defesa ao acusado.  Lembrei-me também da passagem bíblica (Mateus 7, 2) que diz: “Com o juízo com que julgardes, vós também sereis julgado”. Por se tratar da Carta Magna a ser usada pelo Juiz das barcas, achei melhor mudar minha postura. Então vamos lá:
Geisy, desde já peço desculpas por meu julgamento precipitado!
***
Em tempo: Agradeço pela atenção, senhores e senhoritas! Completamos o primeiro mês deste blog com cerca de 520 acessos! Se Brás Cubas imaginou ter cinco ou dez leitores para as suas memórias, minhas expectativas eram ainda inferiores, considerando que o autor deste texto (ainda) está vivo. Com este número de acessos, provamos que há mais almas sensíveis do que o pensamento burguês pode supor!
Abraços!