sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Quer ganhar Estrela da Vida Inteira, a obra completa de Manuel Bandeira?


Passei num sebo hoje para ver se encontrava alguma Estrela da Vida inteira, do Bandeira, para substituir a minha combalida e despetalada edição. Para minha surpresa, achei duas versões: uma com aquela introdução do Antônio Candido e a outra, dita “para estudantes”, que traz “só” os livros todos do poeta humilde.

Dada a dificuldade que os alunos do segundo ano estão tendo para encontrar o Libertinagem (obra de leitura obrigatória deles), ocorreu-me comprar as duas Estrelas para poder oferecer uma delas para alguém. Mas como escolher o afortunado? Qual critério utilizar?

Cheguei à conclusão de que o melhor a fazer para garantir que o livro caia em boas mãos é promover um embate entre vocês, leitores! Embate este em que não escorra sangue nem voem dentes, e sim flua a sensibilidade e flutuem rimas e ritmos dissolutos!

Darei a edição do estudante para quem fizer a melhor análise do poema “Mozart no Céu”, do livro Lira dos Cinquent’Anos (transcrito a seguir). Para a segunda melhor análise, estou disposto a dar minha antiga edição, que, apesar de cansada, ainda pode encher de poesia um jovem coração.

As regras são as seguintes: podem participar todos os alunos e ex-alunos do Mater; a análise deve ser original, ou seja, se você se basear em alguma outra análise, cite a fonte ou será desclassificado; serão consideradas as análises publicadas como comentário para este post até o dia 28 de setembro. Se ninguém se inscrever neste grandioso concurso cultural (hipótese que, infelizmente, devo cogitar), fica desde já informado que os livros serão doados aos alunos do 2º ano que conseguirem as duas melhores notas na prova de obras do terceiro trimestre.

O poema é o seguinte

Mozart no Céu

No dia 5 de dezembro de 1791 Wolfgang Amadeus Mozart
                                               [entrou no céu, como um artista
                                               [de circo, fazendo piruetas extraordinárias
                                               [sobre um mirabolante cavalo branco.

Os anjinhos atônitos diziam: Que foi? Que não foi?
Melodias jamais ouvidas voavam nas linhas suplementares
                                               [superiores da pauta.

 Um momento se suspendeu a contemplação inefável.
A Virgem beijou-o na testa
E desde então Wolfgang Amadeus Mozart foi o mais moço dos anjos.
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Bom trabalho a todos!

Abraços!

Bechara