terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Música para os ouvidos

Esta é para quem gosta de música!
A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP) vai iniciar seus trabalhos deste ano!
Antes de torcer o nariz, caro leitor, e começar a resmungar sobre a chatice que é a música erudita e a reclamar que você havia pensado que este post trataria de música "de verdade", peço que você dê aos ardentes violinos, às tubas canoras e aos aveludados fagotes mais uma chance.
Tal qual uma bela fatia de picanha ou uma suculenta lasanha são indigestas (ou até letais) a um recém nascido, a música erudita pode causar efeitos colaterais a quem ainda não tenha um conhecimento mais maduro sobre essa manifestação cultural. E aí o sujeito que não nasceu com uma sensibilidade natural para ela, se não for estimulado a experimentá-la no momento da maturidade, corre o risco de passar a vida toda privado da apreciação de uma saborosa iguaria sinfônica.
Repare que aqui não falo sobre ter "bom gosto" ou "mau gosto" para música. Falo apenas sobre ouvir e compreender a manifestação artística. Se você vai gostar dela ou não, isso é uma outra questão; o fato é que raramente alguém gosta daquilo que não compreende e, talvez, sua opinião sobre música erudita tenha sido construída a partir de uma dificuldade de apreensão.
Pode ser que você ouça, compreenda e continue a não gostar; mas pode ser também que desta vez você encontre algo do seu agrado e esse tipo de música passe a enriquecer sua existência neste nosso planetinha esquisito! Vale a pena arriscar, não vale?
Sugiro que você comece por algo mais próximo do seu gosto. Há inúmeras interseções entre música pop/rock/metal e orquestras. A que mais me agradou até hoje, seja pelo estilo, seja pela qualidade dos arranjos, foi a realizada entre a banda de hard rock Scorpions e a Filarmônica de Berlim. Veja só como os caras da orquestra têm “pegada”!
http://www.youtube.com/watch?v=8pcvI4QoVkA
E aí, o que achou? É possível gostar de algo assim? Ou ainda não faz muito seu estilo?
Já conhecia? Conhece outras? Se você tiver alguma sugestão de música com orquestra, por favor contribua com um comentário!


Para aqueles que já gostam desse tipo de música, termino o texto reforçando a notícia lá de cima: a OSESP já está vendendo ingressos para seus concertos! Dentre eles, a Sinfonia nº9 de Beethoven (http://www.youtube.com/watch?v=k81Lt-qAv7A&feature=fvst - ouça pelo menos do minuto 4 ao 6, aposto que você vai reconhecer a melodia).  Aproveite! E não venha com a conversa de que é muito caro. Das duas apresentações deste mês (dias 19 e 27), uma custará R$15 e a outra será gratuita. É verdade que as de março chegam a custar R$135, mas haverá também ingressos por R$24... Ou seja, pagando menos do que a arquibancada do Pacaembu em dia de jogo do Corinthians, você poderá presenciar um espetáculo tão (ou mais!) emocionante do que um jogo do alvi-negro paulista.
Mais informações: http://www.osesp.art.br/portal/concertoseingressos/concerto.aspx?c=1657

Abraços!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Avançado de Cinema

Com a intenção de potencializar o cinema como ferramenta de aprendizagem para os alunos, o Colégio Mater Amabilis iniciará na quarta-feira, 9 de fevereiro, seu curso avançado de análise de filmes.
Aberto para alunos de todo o Ensino Médio, o curso será dividido em ciclos temáticos, como Mídia, Guerra, Sociedade Brasileira e Escola. O primeiro ciclo, dedicado ao Capitalismo, será formado por quatro filmes:
  • Capitalismo: uma história de amor (2009), de Michael Moore.
  • Surplus (2003), de Erik Gandini.
  • Wall Street (1987), de Oliver Stone, com Charlie Sheen e Michael Douglas.
  • Milton Santos (2006), de Silvio Tendler.

A partir das 15h, os filmes serão exibidos na íntegra e sem intervalos obrigatórios. Em seguida, um professor suscitará questões e apresentará abordagens críticas sobre a obra. Ao final de cada ciclo temático, os alunos receberão uma lista de exercícios e uma proposta de redação em que poderão colocar em uso os saberes desenvolvidos até o momento.

Sinopses:
Capitalismo: uma história de amor (2009), de Michael Moore.

Esse documentário do cineasta norte-americano Michael Moore se propõe a discutir quais foram as razões para o colapso do sistema financeiro em 2008. Como seus filmes anteriores, Capitalismo: Uma História de Amor tem um tom provocante e anárquico, marcado pelo constante rompimento da fronteira entre o documentário e o cinema autoral. Personagem dos seus próprios filmes, Moore expõe as contradições e os absurdos do sistema capitalista, num instantâneo poderoso sobre a sociedade norte-americana.

Surplus (2003), de Erik Gandini.

Longe de ser apenas uma crítica ao consumismo ou a sistemas políticos, Surplus é um olhar sobre o jeito de ser e de viver da humanidade. Largamente divulgado pela Internet, este trabalho coloca em discussão não apenas a vida em sociedade e a ordem estabelecida, como também a própria essência humana. Surplus mostra que, tanto no capitalismo como no socialismo, os homens tomam parte de sistemas cuja existência os antecede, mas que estabelecem modos de viver e de pensar, mantendo-os atados, como peças de um jogo maior, cuja função é a manutenção da ordem estatal. 

Wall Street (1987), de Oliver Stone, com Charlie Sheen e Michael Douglas.
Esse inquietante filme do cineasta norte-americano Oliver Stone retrata de maneira contundente os bastidores do mundo empresarial em 1980. Nesse universo altamente competitivo, um jovem e ambicioso corretor (Sheen) é atraído pelo mundo ilegal e lucrativo da espionagem empresarial ao ser seduzido pelo poder, status e magia financeira da lenda de Wall Street: Gordon Gekko (Douglas). Com o estilo ousado que caracteriza a obra de Oliver Stone, o filme revela uma impressionante visão moral sobre o sonho americano que deu errado.

Milton Santos (2006), de Silvio Tendler.
Premiado pelo público no Festival de Brasília de 2006, este documentário leva às telas a vida e obra do geógrafo mineiro Milton Santos. A concepção que o pensador tem sobre o processo de globalização é o ponto central deste filme. Para ele, apesar de o fenômeno ser inevitável, é possível mudar a forma como se processa. Vislumbra-se, portanto, uma globalização que tenha o homem, e não mais o dinheiro, como centro do desenvolvimento.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Redes sociais: aproximando ou isolando?

Feliz 2011 para os antigos e novos DHs!!
Nada mais demasiadamente humano do que iniciar o ano com uma boa polêmica, não acham?

Acabei de ler uma reportagem (Revista Carta Capital 02/02/2011, p. 48-50) que nos traz o seguinte questionamento: as atuais redes sociais cibernéticas têm aproximado ou afastado as pessoas? Para a maioria dos especialistas ouvidos, o Facebook, o Twitter, o Orkut etc mais isolam do que unem as pessoas. Será que é isso mesmo?
Recomendo a leitura do texto na íntegra, mas destaco aqui algumas das afirmações de sociólogos e educadores reproduzidas na reportagem:

"A tecnologia ameaça dominar nossa vida e nos tornar menos humanos. Sob a ilusão de permitir uma melhor comunicação, na verdade nos isola das verdadeiras interaçōes humanas."

"A internet estaria modificando nosso modo de pensar, para nos tornar menos capazes de digerir quantidades de informaçōes grandes e complexas, como livros e artigos de revista"

Ainda há quem afirme que a mídia social criou uma geração de "ativistas preguiçosos" e consagrou a ilusão que clicar com um mouse é um forma de ativismo equivalente às doaçōes de dinheiro e tempo no mundo real.

E você, o que pensa sobre o assunto?
Concorda com essas opiniōes ou as considera muito radicais?
As interaçōes humanas estariam passando por transformaçōes? O que isso muda em nosso cotidiano.
E na sua vida, qual o papel dessas redes sociais, elas te aproximam ou te isolam das pessoas e do mundo real?
Enfim, te convido a refletir um pouco sobre a questão e a não economizar nos argumentos!