terça-feira, 20 de setembro de 2011

Avançado de Cinema - Ciclo Loucura

O CLUBE DA LUTA (1999)

Dia: 21 de setembro
Local: Multimídia 1
Horário: 15h15

Jack (Edward Norton), homem do tipo "certinho", está exausto da vida que leva e, ao conhecer o louco e audacioso Tyler Durden (Brad Pitt), resolve fazer parte de um clube privado que promove lutas amadoras entre seus membros. O Clube da Luta é restrito aos seus integrantes e é secreto. Lá, eles pretendem descontar todas as suas fúrias e desejam aprender a ser livres. Tyler prega a autodestruição para se atingir a liberdade. Na ânsia de se afastar de sua vida "certinha", Jack não sabe se está tomando as melhores decisões para sua vida. Tyler é um líder que atrai cada vez mais seguidores. Jack teme que as coisas fujam do controle.



ESTAMIRA (2004)

Dia: 28 de setembro
Local: Multimídia 1
Horário: 15h15
O filme "Estamira" conta a história de uma mulher de 63 anos que sofre surtos esquizofrênicos e trabalha há mais de 20 anos no Aterro Sanitário de Jardim Gramacho, no Rio de Janeiro.
Carismática e maternal, Dona Estamira convive com um pequeno grupo de catadores idosos que habita o lixão, do qual se torna uma espécie de líder. Formando uma rede de proteção indispensável, a personagem central do documentário e seus companheiros conseguem sobreviver em um local renegado e subjugado pela sociedade.
Em 2000, ano que coincide com o início das filmagens, Dona Estamira inicia tratamento psiquiátrico com atendimento pela rede pública, no Centro de Assistência Psicossocial José Miller, em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense. Com entrevistas realizadas no período entre 2000 e 2004, é possível acompanhar ao longo do filme os efeitos que os remédios causam em seu comportamento, assim como as dificuldades por parte dos filhos em conviver com alguém diagnosticado como louco.


EQUUS (1977)

Dia: 5 de outubro
Local: Anfiteatro
Horário: 15h15
Adaptação da peça de teatro escrita por Peter Shaffer, Equus conta a história de um psiquiatra de meia-idade, Martin Dysart (Richard Burton), que investiga os motivos que levaram Alan Strang (Peter Firth), um jovem de 17 anos, empregado de um estábulo, a furar os olhos de seis cavalos sem razão aparente. Martin mergulha fundo na mente de Alan e depara-se com enigmas de fúria sexual e ira, mas acaba se vendo obrigado a confrontar os sombrios demônios escondidos em sua própria alma.






 
UMA MENTE BRILHANTE (2001)

Dia: 19 de outubro
Local: Multimídia 1
Horário: 15h15
John Nash (Russell Crowe) é um matemático prolífico e de pensamento não convencional. Ele consegue sucesso em várias áreas da matemática e constrói uma carreira acadêmica respeitável. Na década de 1950, Nash resolve um problema relacionado à teoria dos jogos, o que lhe rende, em 1994, o Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel (não confundir com o Prémio Nobel). Após ser chamado a fazer um trabalho em criptografia para o Governo dos Estados Unidos da América, Nash passa a ser atormentado por delírios e alucinações. Diagnosticado como esquizofrênico, e após várias internações, ele precisa usar de toda a sua racionalidade para distinguir o real do imaginário para voltar a ter uma vida “normal”. Baseado em história real, o filme ganhou quatro estatuetas do Oscar, incluindo o de melhor filme.


 
O SENHOR DO LABIRINTO (2010)

Dia: 9 de novembro
Local: Anfiteatro
Horário: 15h15

O Senhor do Labirinto conta a história de Arthur Bispo do Rosário, sergipano de origem simples, vítima de esquizofrenia, que viveu assombrado por misticismos e alucinações nas instituições psiquiátricas pelas quais passou entre 1938 e 1989, ano de sua morte. Durante seus períodos de clausura na Colônia Juliano Moreira (Rio de Janeiro), onde viveu por 50 anos, Bispo do Rosário produziu um acervo de bordados, estandartes e assemblages que postumamente ganharam o Brasil e o mundo com seus insuspeitos traços de arte pop contemporânea e a pungência de sua trajetória.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Solidários à dor da professora Clenir e cientes de que, transformadas em palavras, as situações difíceis se tornam menos pontiagudas ao nosso entendimento, abrimos este humano espaço para ela e sua peculiar sensibilidade.

MINHA CARTA DE DIA DOS PAIS
por Clenir Bellezi de Oliveira



Meu pai era um universo que nunca coube muito bem no plano a que foi destinado. Tinha grandes impaciências com a velocidade lenta das coisas, com a desonestidade dos homens, com a decadência da civilização, e, no final, com as dores atrozes e constantes que impediam o dinamismo de um corpo coroado por uma mente vertiginosa, inquieta. Até o fim, até a última semana, ele dizia que a grandeza de um homem é seu trabalho. Nunca se conformou em ter de parar de trabalhar.









Mamãe aos 21 anos.
Meu pai amou uma só mulher, uma belíssima mulher, durante 57 anos. Ele era um homem que não cogitava traições. Saía pela manhã, e no final da tarde, pontualmente, eu, aos três, quatro anos, me lembro de ouvir seus passos pesados atravessando o longo corredor de nossa casinha de fundos. Meu coração de menina disparava: era ELE que chegava! E quando ELE chegava, tudo ficava melhor, mais bonito, mais seguro, tudo fazia sentido, e o mundo ficava completo. Por muito tempo, a vida nunca me pareceu mais real do que naquela época, em que o cosmo era composto por três elementos: ele, minha mãe e eu. Nosso quarto/sala/cozinha/banheiro e corredor/quintal. Mais tarde a vida ficaria perfeita: faltava, sem que eu soubesse, minha irmã, a criança mais linda, mais louca, mais amorosa que conheci. E eu sou mãe, e eu sou professora. Mas ela veio, afinal, e injetou fogos de artifício em nosso cotidiano, nos apaixonamos perdidamente por ela.

Meu pai era grandão e pequenino. Era grande, física e espiritualmente, para nos abarcar, suas três meninas; e pequenino para brincar com suas duas filhas com delicadezas de amor, de gestos, de improvisos, de carinhos. Suas mãos vastas nunca nos feriram. Tirava coelhos invisíveis de cartolas invisíveis, que só existiam na presença dele. Tinha uma máquina de fazer rir. Histórias que guardava num saco de nuvens de profundidade desmedida. Explicava, sábio e paciente, os pedaços dos filmes que não entendíamos, porque ele era um homem que conhecia o mundo inteiro, sem nunca ter saído dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, e, nós vivíamos no seu reino. E ele reinava para nós, esquecido, tantas vezes, de si. Acho que éramos planetas felizes que orbitavam sob o poder de sua gravidade, no giro colorido de seu entorno. 

Ei-lo aos quinze anos. Veja o brilho inteligente e seguro desses olhos. São olhos de quem poderia conquistar o mundo inteiro. Aos nove anos, já trabalhava, menino forte, carregando malas na estação de trem de Quatá, terra natal e bela cidadezinha a Oeste do Estado de São Paulo. Aos treze, pagava o aluguel da casa de pai, mãe e cinco irmãos. Aos catorze, era fotógrafo, profissão que exerceu por mais de quarenta anos, e que trouxe o pão para nossa mesa. Ele cozinhava muito bem. Lá em casa, todo domingo era dia de festa porque ele fazia uma refeição especial.








As pessoas gostavam dele. O Oswaldo, o Oswaldão, o Vadão, o Vadinho (para minha mãe que é flor, mas nunca foi dona Flor), o Gordo. Filho de dona Amélia Gil e de seu João Guindaste.



Para mim era o pai, papa, papai, Ianque (eu nem sabia o significado da palavra, mas usava porque achava forte e que lhe caía bem).




Quando eu era bem pequena passava na TV um desenho animado sobre dois ursos, um pai e um filho. O ursinho dizia pro pai: “_ Quando eu estou na floresta, e o lobo mau vem me pegar, e meu corpinho começa a tremer, e meus olhinhos se enchem de lágrimas, quem vem me salvar?” E ele mesmo respondia: “­- Meeeuuu Paaai!”. Aprendi rapidamente a fala do ursinho e sempre dizia pra ele: “- Quando eu estou na floresta...” E ele ria, ria, ria... Quem há de me salvar agora?

Ficou-me este rosto de bondade, um gosto de desamparo, esta saudade, imensa saudade.



terça-feira, 6 de setembro de 2011

Participe do Sarau 2011!

     Nosso Sarau 2011 está confirmado para o dia 1º de outubro, às 14h15, no Anfiteatro do Colégio. Nesse dia teremos a oportunidade de apresentar vídeos, cenas, canções e poemas nossos e de outros autores! Além disso, premiaremos os melhores textos inscritos no Concurso Literário deste ano!
     Para organizar a festa, marcarei alguns encontros à tarde, a fim de que possamos treinar as apresentações. Preciso, a princípio, saber quem quer participar. Peço que comentem este post, ou me procurem pelos corredores da escola, dizendo se querem cantar/tocar, interpretar ou recitar.
     Ex-alunos também estão convidados!
     Vamos que vamos?!