Salto Insano
A
gélida brisa afaga suas têmporas
Da
elevada ponte vislumbra pontos
Acima
são estrelas, intangíveis
Abaixo
são pessoas, incompreensíveis.
A
alma almeja ascender ao celestial
o
corpo impõe pelo concupiscente
Imperturbavelmente
dicotômico
Sua
sublime sina será silente
Verga
sobre o batente da ventana
As
supostas asas desabotoam
Cai
impassível, solene, sozinho
A
solução irracional ao problema...
Enquanto
a alma escala ao céu
o
corpo desalenta ao concreto.
Barcos
Guimarães
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