O ermitão
No alto da torre ebúrnea, sem qualquer saída,
escreve, como se quisera arfar memórias.
Sob a luz do triste candeeiro, eis que histórias
esvanecem, aquecem, se esquecem da Vida...
Gélidas e pálidas e abertas feridas
lhe dão o aconchego desta Clausura inglória.
Inglórias lamúrias lamuriam vitórias
da vida que agora se fazia perdida
Um singelo silvo sibilante cingia
e enobrecia o coração do pobre homem,
já alegre da companhia que possuía.
E que outrem se importa? Ninguém, senão ninguém.
fosse o silvo realidade, sonho, magia
ao menos da sua miséria partilha alguém.
Guarulhos, 22 de agosto de 2011
Nenhum comentário:
Postar um comentário