sexta-feira, 30 de março de 2012

3º lugar: Paterno, de Gabriel Fernandes sob o pseudônimo de Brás Domingues

Paterno

No que o Sono o alcançou
Amaro não deixou de relutar
Não queria dormir ali
Ali não era tal lugar

A Voz então o chamou
causando o que tentava acalmar
“Durma comigo meu filho,
que o amanhã demora a chegar”

Amaro não cedeu
não estava pronto para mudar
“Não quero dormir incompleto,
nem sei se o amanhã me encontrará”

A Mãe puxou-o para si
Escondendo com ele o chorar
“Então há de dormir sozinho meu filho
Há de se acostumar”

“Estava maior posto que estava só?”
Amaro e Cama puseram-se a perguntar
O frio cortou-lhe a resposta

A cabeça então pousou
No que chamou Desaconchego
O ombro não estava ali
Ali, não era o seu lugar

Nenhum comentário:

Postar um comentário